quarta-feira, 11 de maio de 2011

Nada dura para sempre!!!

É, amor não é eterno. Mesmo que ele acabe no dia em que um dos dois morrer, ele acaba. Um dia você se vê sozinha novamente, no meio de um monte de lembranças. Fotos, recordações, ingressos de cinema, de teatro, presentes. Promessas de uma vida inteira junto com aquela pessoa que parecia tão ideal, tão perfeita, que tudo o que você consegue sentir agora é um enjôo, um torpor e uma dor horríveis. Saudades, medos, inseguranças, parece que tudo vem à tona em todos os segundos do dia. Você acaba de acordar e pensa que ele foi embora e volta tudo de novo. Em sonho, às vezes, você o encontra. Mesmo que seja para ele te dizer que não, não te quer mais mesmo. O amor para a pessoa acabou. E para você não.

E dói. Como dói. Os dias vão se arrastando. Você vai tentando voltar a fazer tudo com alegria mas parece que não dá. Sei lá, não dá. Tem uma coisa no seu peito falando "desculpa, mas não dá". Você tenta, saí para balada, faz a fila andar, arruma outro namorado correndo. Ou então se fecha no seu quarto e chora todas as suas dores, entrando na sua vítima o mais fundo que pode. E a dor continua lá.

A semelhança entre os dois procedimentos é uma só: você precisa passar. Não se tira uma vesícula sem sentir toda a dor e ansiedade que ela causa, mesmo sabendo que, depois disso, virá à cura e você será infinitamente mais feliz. Não se cura uma dor de amor se não passar por ela, mesmo sabendo que, depois, você terá aprendido lições importantes e será infinitamente mais feliz do que antes. As dores são para serem vividas, passadas. Mesmo aquelas que te causam uma angústia horrível, que te fazem pensar em nem estar mais neste mundo, que te colocam frente a frente com todas as suas carências. Suas carências. Ninguém é carente do outro, mas acreditamos nisso. Acreditamos que o que nos dói é a falta do outro quando na verdade, é a falta da gente mesmo. É aquela pessoa que deixamos para trás quando decidimos acreditar que tudo seria tão perfeito com ele, com ela, que não precisaríamos de mais nada.

Aos poucos, nos recuperamos. E assim como uma cirurgia em que um órgão doente é extirpado, são extirpadas de nós as nossas ilusões amorosas. As festas de casamento da nossa mente, os laços, o bebê rosado e cheiroso. Vai sobrando o que sempre teve: uma linda história de amor, lindas lembranças e lindos aprendizados. A ferida aberta e pulsante vai fechando. Você tira os pontos, você vê a ferida cicatrizando, dia a dia. Possivelmente não será a mesma de antes. Não poderá mais comer qualquer coisa, não permitirá mais que entre qualquer coisa na sua vida. O grande perigo das dores de amores são os quelóides. A gente não deixar aquilo cicatrizar. Ficar amarga, distante. Dizer que não quer mais amar, não quer mais sentir aquela ternura por ninguém. Mas o tempo passa, e assim como você pode voltar a comer batata-frita, um novo amor poderá surgir. Mais maduro, menos cheio de ilusão. Não será como antes, porque você não é a mesma, mas será igualmente bom e reconfortante. E quanto menos ilusões criarmos com este novo amor, mais feliz para sempre seremos. Mesmo sem festa de casamento e promessas de vida eterna. Porque eternamente, minha amiga, você só vai ficar com você.

Viver hoje o que tem que ser vivido. Esta é a lição. Saber que se agora é um momento de reparação, de recuperação, é este momento que se deve viver. Assim como, um dia novamente, voltarão os momento de amor e de união. Confiar em si e no Universo. Sejamos felizes agora, com o que temos. O melhor sempre está a nossa espera!

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